Três pessoas foram assassinadas em Nova Era no período de 38 dias. Todas as três mortes foram provocadas por disparos de arma de fogo. O primeiro homicídio aconteceu na noite do dia 28 de setembro, quando foi assassinado a tiros o comerciante Heron Pires Lage, de 54 anos, de família tradicional de Nova Era. Ele foi morto quando estava no outro lado da rua, em frente o seu açougue na Rua Itabira. Dois elementos se aproximaram em uma moto e efetuaram os disparos que o atingiram. Socorrido ao Hospital São José ele faleceu. Há poucos dias a polícia prendeu dois elementos de cerca de 20 a 22 anos, apontados como os criminosos.
O segundo crime aconteceu no 22 de outubro, em um bar na Rua Pompéia, também no Bairro Armazém, quando o garimpeiro Sildo Gama dos Santos, de 46 anos, conhecido como Loy, em uma discussão, foi atingido no pescoço por um disparo de revólver calibre 22. Após ser atingido pelo tiro Sildo foi conduzido em estado grave para o Hospital Margarida, em João Monlevade, onde passou por cirurgia mas faleceu três dias depois. Seu corpo foi levado para a Bahia. Após atirar em Sildo o autor, de 47 anos, fugiu em um táxi para São José do Goiabal, onde foi preso no mesmo dia.
No último dia 4 de novembro, por volta das 17 horas no Bairro Morada dos Heróis, em frente a um bar na MGT 120, foi assassinado com um tiro Jaderson Martins, de 35 anos. Ele tinha quatro filhos, sendo dois gêmeos de cerca de dois anos. Com um tiro no peito e conduzido ao hospital pelo Gave Nova Era, ele morreu antes de dar entrada. Ele teria sido morto por engano. Os autores estavam em uma moto e até o fechamento desta edição ainda não haviam sido presos.
Na foto que ilustra esta matéria aparecem à esquerda o comerciante Heron Pires Lage e à direita o garimpeiro Sildo Gama (Loy), ambos vítimas da violência que atinge o Brasil. Só no ano passado foram 61 mil assassinatos. O sentimento de impunidade é o principal incentivador dos crimes de morte.
Após a elaboração desta matéria mais um assassinato aconteceu quando uma mulher de nome Luciane (Lu) foi assassinada a facadas no garimpo de Capoeirana e um garimpeiro de nome Horácio, que vivia em Nova Era e morava em Capoeirana, foi assassinado a tiros na Bahia, para onde viajara. Sua morte teria acontecido quando o assaltaram, pois ele estaria de posse de algumas pedras de esmeraldas.