SAUDADE MINEIRA
(Juliana Inez Silva)
Ah! Que saudade!
Saudade infinita
Saudade doida
Do povo de lá.
Ah! Que saudade!
Saudade aflita
Saudade que agita
Da terra acolá.
Quando chega a saudade
E me sinto em chamas
Eu deito na cama
Pro peito apertar
Lembrando canção
Esqueço o refrão
Venço a solidão
E me ponho a cantar
Pra tristeza espantar
E um pouco acordar
Deste tal pesadelo
Que faz recordar
Os dias de festa
Brincando a bessa
Com a turma animada
Que tinha por lá.
E o cheiro de terra
Levando pra perto
Da casa modesta
A poeira que dá.
Ah! Que saudade!
Saudade que fica
Fazendo figa
Pra gente matar
E mil sertanejos
Tocando lampejos
Nas serenatas
A luz do luar
Com suas cantigas
Modas antigas
Em meio aos folguedos
Em meio ao rezar
Chorando, em pranto
Sento num banco
Sonhando um dia
Voltar a ir lá
Lembranças de Minas
De suas colinas
De suas cortinas
Ao vento a bailar.
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(Ilustra a poesia residência na área rural de Pedra Furada, município de Nova Era - MG)