COMUNISMO: A IDEOLOGIA QUE MAIS MATOU PESSOAS NO SÉCULO XX
Dentre todas as pragas que devastaram a humanidade, da Peste Negra ao câncer, uma das mais mortais foi uma ideia virulenta que se apropriou de milhões de almas: o comunismo.
Afora isso, o comunismo – a ideia – nega a existência da alma, e seus adeptos normalmente punem aqueles que disserem o contrário. A truculenta obra de Karl Marx, o Manifesto Comunista, prometia a igualdade entre todos, a utopia na Terra. Tudo o que precisava ser feito era modificar a sociedade e desbancar a classe dominante pela via da revolução violenta. O caminho para o paraíso era vermelho, erigido sobre uma nova ordem social modelada pela destruição das crenças tradicionais, estruturas sociais, propriedade privada e governo.
O Holocausto de Adolf Hitler é uma atrocidade bem conhecida, mas as nefastas cifras de mortes contabilizadas nas revoluções comunistas da Rússia, China, Vietnã, Coreia do Norte, Etiópia, Cuba, entre outros países, superam em muito as medidas genocidas de Hitler. Enquanto este tinha por alvo os judeus, os comunistas têm todas as religiões e classes sociais como alvos.
Alguns marxistas não-ortodoxos descreveram as ondas de assassinatos que se seguiram às revoluções comunistas como aberrações. Na verdade, essas mortes são resultados sistemáticos de revoluções bem-sucedidas, soluções prescritas às “desigualdades do capitalismo” e a crenças e práticas arraigadas. Por esta razão é que as revoluções comunistas foram acompanhadas de matança sem precedentes.
Segundo “O Livro Negro do Comunismo”, de Stéphane Courtois, o comunismo é responsável por 100 milhões de mortes, um montante que ultrapassa em muito o nazismo, que deixara 16 milhões de mortos – e eclipsa o número de mortes no século XX por câncer, diabetes e homicídios.
Destruição frenética de vidas humanas
Ao colocar em prática tal ideologia, regimes políticos do século XX liderados por ditadores como Mao Tsé-Tung, Josef Stalin, Pol Pot, Fidel Castro e Jiang Zemin foram responsáveis por uma destruição frenética de vidas humanas jamais vista antes na história.
O maior assassino dentre os vários ditadores do século XX foi o ditador da China, Mao Tsé-Tung, de acordo com a maioria das estimativas. O número estimado de mortes varia de 60 a 80 milhões, o que supera as vidas ceifadas pela Primeira (37 milhões) e possivelmente Segunda (66 milhões) Guerras Mundiais. Esses 60 milhões de mortes incluem – mas não se limitam a – guerras civis, proprietários de terras abatidos sob a política comunista de reforma agrária, e supostos “inimigos de classe” torturados e mortos por guardas vermelhos durante a Revolução Cultural.
Courtois, autor de “O Livro Negro do Comunismo”, coloca o total de mortos por Josef Stalin em 20 milhões, embora este número oscile de 10 a 60 milhões, dependendo da fonte. Stalin, o infame autor da expressão “a morte de uma pessoa é uma tragédia, um milhão de mortes é estatística”, enviou aos campos de concentração e perseguiu milhões de cidadãos “desleais”. Ele também executou intelectuais e figuras políticas consideradas uma ameaça a seu poder a fim de se estabelecer como única autoridade da Rússia. Ele foi até capaz de fazer essas pessoas “desaparecerem” ao apagá-las de fotografias e registros históricos. O total de mortos por Stalin supera o número de mortes no século XX por câncer no pâncreas (17 milhões), HIV/AIDS (12,5 milhões) e epilepsia (10 milhões), segundo dados da OMS.
Um dos métodos comunistas mais comuns de matar e quebrar para sempre o espírito dos cidadãos em suas “repúblicas populares” é a fome
O Grande Salto Para Frente de Mao foi lançado como uma forma de modernizar a economia da China. Comunidades de trabalhadores foram tiradas de suas fazendas e forçadas a fundir metais como ferro e aço em fornos caseiros. Essa remoção de mão-de-obra da produção de alimentos acabou resultando na Grande Fome Chinesa, que especialistas estimam ter destruído 30 a 40 milhões de vidas.
Na Ucrânia o Holodomor
Na Ucrânia, a coletivização e industrialização soviéticas produziram o Holodomor, uma fome que provocou em torno de 10 milhões de mortes.
Aqueles que escaparam da Coreia do Norte costumam pedir aos governos que enviem ajuda alimentar para lá e que, se realmente querem ajudar a aliviar a fome perpétua naquele país, melhor seria enviar alimentos para animais, já que é mais provável que cheguem aos que realmente necessitam.
Mais recentemente, o mundo assiste à população venezuelana passar horas em filas para conseguir alimentos devido às políticas de engenharia social do ditador Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, o pai da revolução bolivariana – uma vertente do comunismo.
Embora Rússia e China figurem no topo da lista de mortes, as cifras em outros países são igualmente trágicas.
No Camboja, Pol Pot – que pertencera ao Partido Comunista da França – tentou criar sua própria versão de uma sociedade comunista utópica deslocando milhões de pessoas das cidades a zonas rurais para a realização de trabalho manual. Esta prática se tornou comum às revoluções comunistas posteriores também em outros países, bem como a prática polpotista de assassinar os membros mais educados da sociedade como advogados, médicos e filósofos, os quais ele chamou de “a raiz de todo o mal capitalista”.
Durante seu governo, de 1975 a 1979, cerca de 1,5 a 2 milhões de um total de 7 milhões de cambojanos foram assassinados, seja por massacre direto ou por fome devido ao trabalho intenso e à escassez de alimentos nos campos. Uma proporção similar em termos da população dos Estados Unidos equivaleria às populações da Califórnia e Texas.
Números estarrecedores
A publicação ‘O Livro Negro do Comunismo’ fornece números estimados de vítimas fatais:
• China: 60 milhões de mortos; • URSS: 20 milhões de mortos; • Coreia do Norte: 2 milhões de mortos; • Camboja: 2 milhões de mortos; • África: 1,7 milhão de mortos; • Afeganistão: 1,5 milhão de mortos; • Vietnã: 1 milhão de mortos; • Leste Europeu: 1 milhão de mortos; • América Latina: 150 mil mortos.
A “Fundação Memorial Vítimas do Comunismo” em Washington D.C, EUA, possui arquivos, documentos e relatos de sobreviventes que expõem as atrocidades cometidas pelos regimes comunistas contra a humanidade.
Embora governem sob o disfarce de liberdade e prosperidade para todos, em vez disso os regimes comunistas causaram miséria e destruição em todos os países que subjugaram. Através dos seus governos na Europa, Ásia, África e América Latina, o comunismo aniquilou um total de 100 milhões de vidas em menos de 100 anos, transformando-se num assassino ideológico sem precedentes.
O Livro Negro do Comunismo
“O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão” é uma obra anticomunista coletiva de professores e pesquisadores universitários europeus. O livro foi editado por Stéphane Courtois, diretor de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique ("Centro Nacional da Pesquisa Científica", CNRS), e seu lançamento ocorreu por ocasião dos 80 anos da Revolução Russa.
“O Livro Negro do Comunismo” faz um inventário da repressão política por parte regimes ditos marxistas-leninistas — incluindo as execuções extrajudiciais, as deportações e as crises de fome. Foi publicado originalmente em 1997, na França, sob o título Le Livre Noir du Communisme: Crimes, Terreur, Répression ("O livro negro do comunismo: crimes, terror, repressão").
A introdução, a cargo do editor Stéphane Courtois, declara que "…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo". Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões.
O livro defende explicitamente que os regimes comunistas são responsáveis por um número maior de mortes do que qualquer outra ideologia ou movimento político, incluindo o fascismo. As estatísticas das vítimas incluem execuções, fomes intencionalmente provocadas, mortes resultantes de deportações, prisões e trabalhos forçados.
Uma lista parcial mais detalhada de alguns crimes cometidos na União Soviética durante os regimes de Lenin e Stalin descritos no livro inclui:
- As execuções de dezenas de milhares de reféns e prisioneiros e de centenas de milhares de operários e camponeses rebeldes entre 1918 e 1922.
- A grande fome russa de 1921, que causou a morte de 5 milhões de pessoas.
- A deportação e o extermínio dos cossacos do Rio Don em 1920.
- O extermínio de dezenas de milhares em campos de concentração no período entre 1918 e 1930.
- O Grande Expurgo, que acabou com a vida de 690 000 pessoas.
- A deportação dos chamados "kulaks" entre 1930 e 1932.
- O genocídio de 10 milhões de ucranianos - conhecido como "Holodomor" - e de 2 milhões de outros durante a fome de 1932 e 1933.
- As deportações de polacos, ucranianos, bálticos, moldavos e bessarábios entre 1939 e 1941 e entre 1944 e 1945.
- A deportação dos alemães do Volga.
- A deportação dos tártaros da Crimeia em 1943.
- A deportação dos chechenos em 1944.
- A deportação dos inguches em 1944.
O livro, entre outras fontes, usou material dos ficheiros da KGB e de outros arquivos soviéticos. Editado por Stéphane Courtois, tem como autores académicos e especialistas europeus.
Holodomor: um crime contra a humanidade
Holodomor é uma palavra ucraniana que quer dizer “deixar morrer de fome”, “morrer de inanição”. Tal palavra passou a ser empregada no contexto da história ucraniana para definir os acontecimentos que levaram à morte por fome de milhões de ucranianos entre os anos de 1931 e 1933. A grosso modo, o holodomor, assim como o holocausto nazista contra os judeus, consistiu em um genocídio contra a população da Ucrânia empreendido pelo comunismo soviético, que era liderado por Stalin.
A atrocidade de holodomor remonta às políticas econômicas que Stalin passou a empregar logo que assumiu o poder, em 1928. Uma das medidas empregadas consistia em controlar a produção de cereais dos países da União Soviética por meio da “requisição compulsória”, isto é, um artifício burocrático que obrigava os camponeses a fornecerem grande parte do excedente produzido para o Estado a baixos custos. Seguiu-se, nos anos seguintes, a política de coletivização forçada das propriedades agrícolas, cuja administração passou a ser completamente racionalizada pelo Estado soviético.
A Ucrânia foi o país da URSS que mais demonstrou resistência a tais medidas. A autonomia cultural ucraniana e sua forte identidade nacional tornavam-na intolerável aos anseios dos soviéticos russos. A insurreição dos camponeses ucranianos contra as medidas de coletivização forçada e requisição compulsória de cereais obrigou Stalin a impingir medidas ainda mais drásticas do que aquelas que foram executadas em outras regiões.
Stalin, então, passou a traçar uma campanha antiucraniana com o objetivo de demonstrar o quão “nociva” era a postura desse país com relação aos anseios comunistas. Inicialmente, deu-se início a uma sistemática humilhação de intelectuais ucranianos, que foram submetidos a julgamentos vexaminosos e ridicularizações diversas. Houve também uma debelação de possíveis focos de organização antissoviética que pudessem irromper a longo prazo. Depois dessas medidas, Stalin passou a atacar o próprio campesinato.
A partir de 1929, deu-se início a uma ferrenha estipulação de metas de produção de cereais, destinados ao poder central soviético, que passaram a ser exigidas dos camponeses da Ucrânia. A rigidez era tão grande que esses camponeses só conseguiriam atender à demanda se deixassem de consumir sua parte do que era produzido, isto é, só se passassem fome, de fato. Tudo passou a ser de propriedade do governo. Muitas pessoas foram presas e condenadas a trabalhos forçados simplesmente por comerem batatas ou colherem espigas de milho para consumo.
Progressivamente, a morte foi se acentuando na Ucrânia. Entre 1931 e 1933, o número de mortos era tão grande que os cadáveres se espalhavam pelas ruas e pelos campos. O odor dos corpos apodrecidos dominava regiões inteiras. O historiador Thomas Woods reitera esse fato:
“Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, a qual deveria ser executada por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome, que havia começado em março daquele ano. Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveres estavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente sobre o ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados.” (Woods, Thomas. A fome na Ucrânia – um dos maiores crimes do estado foi esquecido. Instituto Mises Brasil.)
Estipula-se que o número de mortos nesses três anos tenha sido de cinco milhões. Porém, se se levar em conta os efeitos prolongados dessa política econômica perversa e os ucranianos que foram levados ao trabalho forçado e lá morreram, esse número pode ser superior a 14 milhões.
(Fonte: https://www.epochtimes.com.br/comunismo-ideologia-causou-mais-mortes-seculo-xx/ ; https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_Negro_do_Comunismo e https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/holodomor.htm).
Legenda da foto 5/1
Símbolo do comunismo, que espalha a escravidão, miséria e morte por onde passa